Estudo de caso: Durante minha transição para a carreira de Designer UX/UI, percebi uma dificuldade comum para profissionais iniciantes: encontrar oportunidades reais para aplicar conhecimentos na prática e construir portfólio. Essa lacuna acaba limitando o crescimento e a inserção no mercado. Além disso, muitas ONGs enfrentam desafios para conseguir apoio qualificado em tecnologia e design para suas ações sociais.
Esse cenário despertou meu interesse em estudar como conectar profissionais iniciantes da área de TI e design a ONGs que precisam de voluntariado qualificado, criando uma oportunidade de troca benéfica para ambos os lados. A partir dessa motivação, desenvolvi o projeto "Colab ON", que será explorado ao longo deste estudo de caso.
Meu papel: UX/UI designer.
Plataforma: Aplicativo Mobile.
Período: Abril - Junho 2025 (3 meses).
Ferramentas: Figma, Google Forms e Adobe Photoshop.
Para compreender a presença digital das ONGs no Brasil, primeiro consultei dados sobre o número de organizações ativas, e depois realizei uma análise dos domínios registrados no Registro.br, solicitando o histórico de extensões específicas para o terceiro setor. O objetivo foi identificar se existe uma diferença significativa entre o número de organizações ativas e a quantidade de domínios próprios registrados.
1. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2023, o país registrou 879.326 organizações da sociedade civil ativas, representando um aumento de 7,8% em relação às 815.677 registradas em 2021.
Fonte: Ipea
2. Segundo o Registro.br, até o momento da consulta, os seguintes números foram registrados para ONGs:
Total de ONGs com domínio próprio (.org.br + .ong.br + coop.br): 58.500.
Fonte: Registro br
3. Análise dos Dados:
É importante notar que muitas ONGs não utilizam domínios específicos (.org.br, etc.), adotando outras extensões como .com ou .com.br, ou não possuem site próprio. Para entender essa lacuna e os desafios de presença digital, são essenciais entrevistas qualitativas. Tais conversas poderão investigar as decisões sobre sites e identificar se há demanda por melhorias tecnológicas que possam ser atendidas por voluntários de TI.
Para aprofundar as lacunas identificadas na pesquisa de domínio e entender as necessidades reais do meu público, eu realizei entrevistas qualitativas com um Líder de ONG e um Voluntário de TI. A seguir, eu transformei esses insights em Pain Points (Pontos de Dor) e os analisei sob a ótica dos Jobs to be Done (JTBD).
Para representar de forma mais realista os usuários envolvidos na plataforma, foram criadas duas personas, baseadas em pesquisas e entrevistas qualitativas.

Na entrevista com a ONG, percebi que ela depende muito das redes sociais, mas enfrenta dificuldades com o alcance limitado e a gestão manual das doações e adoções. A ONG usa principalmente o celular e precisa de algo simples e prático para organizar tudo num só lugar.
Com um voluntário de TI, notei que falta uma plataforma clara e centralizada para encontrar vagas, com boa comunicação e agendamento fácil. Ele também prefere usar o celular, mas precisa de um espaço que facilite o voluntariado de verdade. Com esses aprendizados, entendi que o principal problema é a falta de uma plataforma integrada que conecte ONGs e voluntários de forma eficiente e acessível.
Com a definição do problema disso criei a estrurura de todo aplicativo e fluxos de uso para que na hora de criar o wireframe eu já tivesse um “guia” para criar todas telas.
Depois disso criei a estrurura de todo aplicativo e fluxos de uso para que na hora de criar o wireframe eu já tivesse um “guia” para criar todas telas.
Desenvolvi o Wireframe de Média Fidelidade, priorizando a estrutura e a hierarquia de forma clara. Nesses esboços, eu apresento o layout com maior precisão, definindo os elementos essenciais antes da aplicação final do visual (UI).

Aprimorei minhas habilidades técnicas ao explorar ativamente novas abordagens e integrar o Figma em meu fluxo de trabalho, resultando na criação de interfaces mais funcionais e visualmente aprimoradas.
Estruturei e otimizei todo o meu processo de UX/UI, desde a pesquisa inicial até a entrega do protótipo final, garantindo um fluxo de trabalho mais eficiente e organizado.
Por fim, fortaleci minha capacidade de transformar feedbacks em ações práticas, priorizando a perspectiva do usuário para desenvolver soluções mais funcionais e verdadeiramente empáticas.